Sozinha na praia

Depois de ler o livro Antes que o Mundo Acabe, que eu realmente adorei, pois mostra o cotidiano de um garoto normal, resolvi mostrar também alguma foto batida por mim, espero que outros jovens façam o mesmo! A imagem não é muito animada, mas me lembra de coisas boas, como o dia em que fui sozinha à praia pela primeira vez com uma amiga, no ano de 2007 . Lá, as ondas batem e formam piscininhas maravilhosas, o lugar é mais conhecido como Ilha da Campanha.

Texto e foto de Clara da Silveira Antunes, 12 anos, 7ª série, EBM Dilma Lúcia dos Santos, Florianópolis, SC.

Regar a memória

Mesmo em tempos de seca, esse lugar é impressionante! Cataratas em Foz do Iguaçu. Fui no verão, então o nível da água estava baixo e a cidade estava muito quente, tão ou mais quente do que o Acre.

Durante alguns anos esse foi o meu único quintal, ficava em um predinho antigo bem no centro de Florianópolis.

Depois comecei a olhar melhor a cidade e a ampliar o quintal. Essa foto foi tirada em Santo Antônio de Lisboa em um dia de chuva. Gosto dessa foto porque ela ficou assim, turva como o dia na minha memória.

Andando pelo centro descobri essa árvore em uma rua escondida. Me enche de coragem, quando posso, passo por lá!

Sim, tenho mania de fotos de pés! É chavão, eu sei. Mas quando era pequena me contaram que para conhecer alguem de verdade era preciso olhar para os pés. Esses são os meus.

Texto e Fotos: Cameni Silveira

Rio que corre para o mar

Seu Francisco (à esquerda), morador da floresta

Esta foto foi tirada na comunidade Nova Era, localizada no município de Cruzeiro do Sul (Acre), na região do Crôa, no meio da Floresta Amazônica. Visitei o lugar no início de 2002, quando ainda morava no Acre. O Crôa é uma região belíssima, onde é possível encontrar, em determinada época do ano, enormes Vitórias-Régias. Ali vivem dezenas de famílias, pessoas como Francisco Edir França da Costa. Seu Francisco nasceu no seringal Belo Horizonte, no município de Porto Walter (AC) e passou a viver no Croa com a esposa e filhos. Foi na casa deles que fiquei hospedada para acompanhar as reuniões de criação do Centro de Medicina da Floresta: dormimos, eu e o restante do pessoal, em um barracão sem paredes, típico das populações tradicionais da floresta; atamos as redes, cobrimos com o mosqueteiro e despertamos antes das cinco da manhã com o cheiro do café misturado ao da mata. Parte dos moradores da comunidade Nova Era faz uso do Santo Daime e de plantas medicinais para a cura de doenças.

Eu, em 2002, indo de barco para a Nova Era (Foto de David Nunes)

Esta foto foi tirada em 2008. É uma das vistas da Ilha da Campanha, com acesso por trilha no final da Praia da Armação, onde agora moro com minhas filhas. Pois é, do rio para o mar! Da floresta para a montanha! Mas isso não é problema, porque quem conhece a Amazônia sabe que os mistérios, silêncios e cheiros da mata a gente carrega junto, seja lá para aonde for.

Texto e Fotos (Seu Francisco e Ilha da Campanha): Vássia Silveira